domingo, 5 de julho de 2009

W. B. Yeats (1865-1939)

THE MAKER OF THE STARS AND WORLDS
W. B. Yeats

The maker of the stars and worlds
Sat underneath the market cross,
And the old men were walking, walking,
And little boys played pitch-and-toss.

“The props,” said He, “of stars and worlds
Are prayers of patient men and goods.”
The boys, the women, and old men,
Listening, upon their shadows stood.

A grey professor passing cried,
“How few the mind’s intemperance rule!
What shallow thoughts about deep things!
The world grows old and plays the fool.”

The mayor came, leaning his left ear –
There were some talking of the poor –
And to himself cried, “Communist!”
And hurried to the guardhouse door.

The Bishop came with open book,
Whispering along the sunny path;
There was some talking of man’s God,
This God of stupor ando f wrath.

The Bishop murmured, “Atheist!
How sinfully the wicked scoff!”
And sent the od men on their way,
And drove the boys and women off.

The place was empty now of people;
A cock came by upon his toes;
And old horse looked across the fence,
And rubbed along the rail his nose.

The maker of the stars and worlds
To His own house did Him betake,
And on the city dropped a tear,
And now that city is a lake.

O CRIADOR DAS ESTRELAS E DOS MUNDOS
W. B. Yeats

O criador das estrelas e dos mundos
Sentou-se sob o cruzeiro do mercado,
E os velhos andavam de um lado para outro,
E os meninos brincavam e brincavam.

“As posições”, disse Ele, “das estrelas e dos mundos
São orações de bênçãos e de homens pacientes.”
Os meninos, as mulheres e os velhos
Ouviam, atentos, de pé sobre suas próprias sombras.

Um velho professor que passava, gritou,
“Quantos são guiados pela intemperança!
Quantos pensamentos bobos sobre coisas tão profundas!
O mundo envelhece e se torna tolo!”

O prefeito veio, e ouviu atentamente –
Alguns falavam sobre os pobre –
E gritou para si mesmo, “Comunista!”
E correu para a porta do palácio.

Veio o bispo com seu livro aberto,
Sussurrando ao longo do caminho ensolarado;
Falavam do Deus do homem,
Seu Deus de estupor e ódio.

O bispo murmurou, “Ateu!
Quanto pecado há em sua zombaria!”
E enxotou dali os velhos,
E mandou os meninos e as mulheres embora.

A praça agora não tinha mais ninguém;
Um galo aproximou-se na ponta dos pés;
E um cavalo baio olhou por cima da cerca,
E esfregou o nariz ao longo do gradil.

O criador das estrelas e dos mundos
Retornou à sua casa,
E sobre a cidade derramou uma lágrima,
E transformou-a num lago.

Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta
in The Wanderings of Oisin and Other Poems


Um comentário:

Lilian Rabello disse...

Tá inspirada, hein...
Muito bem, gostei!
Beilux, Lilian.