sexta-feira, 3 de julho de 2009

e.e. cummings (1894-1962)

Pity this busy monster, manunkind
(e. e. cummings, “1 x 1”, 1944)

pity this busy monster, manunkind,
not. Progress is a comfortable disease:
your victim (death and life safely beyond)
plays with the bigness of his littleness
— electrons deify one razorblade
into a mountainrange; lenses extend

unwish through curving wherewhen till unwish
returns on its unself.
                                   A world of made
is not a world of born — pity poor flesh
and trees,poor stars and stones,but never this
fine specimen of hypermagical
ultraomnipotence.  We doctors know
a hopeless case if — listen: there's a hell
of a good universe next door; let's go

não tenha piedade desse monstro ocupado,homembruto,
(e. e. cummings, “1 x 1”, 1944)

não tenha piedade desse monstro ocupado,homembruto.
O progresso é uma doença confortável:
sua vítima (morte e vida salvas mantidas à distância)
brinca com a grandeza de sua pequenez
elétrons deificam uma lâmina
transformando-a numa cordilheira;lentes se abrem

desdesejo por ondulante ondequando até que o desdesejo
retorne ao seu nãoser.
Um mundo de feitos
não é um mundo nascido — tenha piedade desta pobre carne
e árvores,pobres estrelas e pedras,mas nunca deste
excelente espécime de hipermágica
ultraonipotência. Nós médicos reconhecemos
um caso perdido quando — escute: tem um 
universo danado de bom ao lado, vambora


Tradução de Thereza Christina Rocque da Motta



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