W. H. Auden
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.
CANTO FÚNEBRE
W. H. Auden
Parem os relógios, cortem o telefone,
impeçam o cão de latir com um osso suculento,
silenciem os pianos e, ao som de um tambor surdo,
tragam o caixão; deixem entrar carpideiras.
Deixem os aviões circular em pranto
escrevendo no céu a mensagem Ele morreu,
ponham gravatas de crepe nos pescoços brancos dos pombos,
deixem os guardas de trânsito usar luvas pretas de algodão.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste,
minha semana de trabalho e meu descanso de domingo,
meu meio-dia, minha meia-noite, minha fala, minha canção;
acreditei que o amor durasse para sempre: eu estava errado.
Não quero ver as estrelas agora: apaguem todas;
embrulhem a lua e desmontem o sol;
despejem o mar e varram as florestas,
porque tudo de repente perdeu todo o sentido.
Tradução Thereza Christina Rocque da Motta
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