THE DYING SWAN (1830)
Alfred, Lord Tennyson
1
The plain was grassy, wild and bare,
Wide, wild, and open to the air,
Which had built up everywhere
An under-roof of doleful gray.
With an inner voice the river ran,
Adown it floated a dying swan,
And loudly did lament.
It was the middle of the day.
Ever the weary wind went on,
And took the reed-tops as it went.
2
Some blue peaks in the distance rose,
And white against the cold-white sky,
Shone out their crowning snows.
One willow over the water wept,
And shook the wave as the wind did sigh;
Above in the wind was the swallow,
Chasing itself at its own wild will,
And far thro' the marish green and still
The tangled water-courses slept,
Shot over with purple, and green, and yellow.
3
The wild swan's death-hymn took the soul
Of that waste place with joy
Hidden in sorrow: at first to the ear
The warble was low, and full and clear;
And floating about the under-sky,
Prevailing in weakness, the coronach stole
Sometimes afar, and sometimes anear;
But anon her awful jubilant voice,
With a music strange and manifold,
Flow'd forth on a carol free and bold;
As when a mighty people rejoice
With shawms, and with cymbals, and harps of gold,
And the tumult of their acclaim is roll'd
Thro' the open gates of the city afar,
To the shepherd who watcheth the evening star.
And the creeping mosses and clambering weeds,
And the willow-branches hoar and dank,
And the wavy swell of the soughing reeds,
And the wave-worn horns of the echoing bank,
And the silvery marish-flowers that throng
The desolate creeks and pools among,
Were flooded over with eddying song.
A MORTE DO CISNE (1830)
Alfred, Lord Tennyson
1
A planície estava vazia, relvosa e selvagem,
Ampla, virgem, e aberta ao céu,
Espalhando por toda parte
Um gramado cinza escuro.
O rio corria com sua voz soturna,
Por ele, flutuava um cisne moribundo,
E ele bradava seu lamento.
O dia já ia pelo meio.
O vento triste continuava soprando,
E sacudia o alto das árvores ao passar.
2
Os cumes azuis elevavam-se à distância,
E brancos contra o céu pálido e frio
Brilhavam seus topos coroados de neve.
O salgueiro chorava à beira d’água,
E agitava as ondas enquanto o vento suspirava;
Acima do vento estava a andorinha,
Arremetendo contra o vento,
E longe através do pântano verde e imóvel
Dormiam os riachos emaranhados,
Cobertos de tufos lilases, verdes e amarelos.
3
O canto de morte do cisne selvagem tomou a alma
Daquele lugar deserto com uma alegria
Escondida na tristeza: a princípio para o ouvido
O trinado soava baixo, cheio e claro;
E flutuando sob o céu,
Cedendo à fraqueza, o canto fúnebre seguia,
Por vezes, longe, por vezes, perto;
Mas logo sua terrível voz, cheia de júbilo,
Com uma música múltipla e estranha,
Fluía sua canção livre e intrépida;
Assim como um povo forte se rejubila
Com charamelas, címbalos e harpas de ouro,
E o tumulto de seu clamor se desenrola
Pelos portões abertos da cidade distante,
Para o pastor que vê a estrela vespertina.
E os musgos rasteiros e as ervas trepadeiras,
E os galhos dos chorões brancos e úmidos,
E o movimento ondulante dos juncos murmurantes,
E os chifres gastos nas ondas às margens ressonantes,
E as flores prateadas dos pântanos que se espalham
Nos riachos e lagos desolados,
Foram inundados com esse canto em torvelinho.
Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta
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