domingo, 29 de janeiro de 2012

Bright star (John Keats)

BRIGHT STAR
John Keats (Londres, 31/10/1795 - Roma, 23/02/1821)

Bright star, would I were steadfast as thou art —
Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like Nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors —
No — yet still stedfast, still unchangeable,
Pillow'd upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft swell and fall,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever — or else swoon to death.
ESPLÊNDIDA ESTRELA
John Keats (1795-1821)

Esplêndida estrela, antes fosse eu tão firme quanto és —
Não apenas em esplendor no alto do céu à noite
Observando, com olhos sempre abertos,
Como o Eremita insone e paciente da Natureza,
As águas agitadas em sua missão fervorosa
De tocar todas as praias terrenas,
Ou vendo a fresca e macia camada
De neve que acaba de cair sobre montanhas e pântanos —
Não — ainda assim firmes, ainda imutáveis,
Aninhada no colo em flor de minha amada,
Para sempre senti-la respirar,
Desperta ainda em sua terna aflição,
Ainda e ainda a ouvir seu leve suspiro,
E assim viver — ou então deixar-me morrer.

Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta